#cerveja : Novo lançamento da BrewDog: cerveja "transgênero"

"Assim como os seres humanos, acreditamos que uma cerveja pode ser o que diabos ela quiser, e estamos orgulhosos disso."

O marketing cervejeiro é uma arte, e não há melhor artista desse ramo que a BrewDog. Em vez de piadinhas chulas e politicamente incorretas travestidas de irreverência, solução fácil adotada por tantas outras cervejarias, o humor dos escoceses tira onda com o opressor, e não com o oprimido, angariando a simpatia das minorias. A mais nova sacada dos caras é o lançamento da No Label, uma cerveja, de acordo com eles, “transgênero”.

Além de usar o Jester, uma varietal de lúpulo que muda de sexo antes da colheita – normalmente, se usam as plantas femininas do lúpulo na cerveja – a BrewDog também escolheu o estilo Kölsch, que caracteriza-se por ser uma ale com características de lager, para reforçar o conceito.

O lançamento da No Label coincide com a abertura do novo bar da BrewDog, no bairro londrino do Soho, uma área associada com a diversidade e a experimentação. A cervejaria também fez uma parceria com os organizadores do evento LGBTI Queerest of the Queer, e irá doar os lucros das vendas à instituições de caridade que apoiam as comunidades transgênero.

De acordo com James Watt, “produzir essa cerveja não-binária, pós-gênero, tem sido um processo longo e cuidadoso e temos a certeza que muitos puristas da cerveja irão questionar sua legitimidade, mas nós nos preocupamos mais com a liberdade que com etiquetas”. Ele continua: “A diversidade faz com que tudo e todos sejam mais interessantes”.

Não é a primeira vez que a BrewDog apoia causas LGBTI. Em fevereiro de 2014, eles lançaram a Hello, My Name Is Vladimir, em protesto à aprovação de leis que proibiam a suposta “propaganda homossexual” na Rússia.

Pseudo-marketeiros-humoristas das cervejarias, aprendam com os mestres!