Aqui mais uma matéria
nessa sexta linda (sim, estou inspirada e animada).
Sexta-feira 13, dia do
azar, em que não se pode cruzar com gatos pretos, e blá blá blá.
QUANTA BOBAGEM.
Se for assim, eu sou a
pessoa mais azarada do mundo, pois meu gatinho é preto. Mas ao contrário do que
alguns supersticiosos pensam, desde que adotei o Stark (8 meses), a sorte
cresce em minha vida.
Então, antes de começar a matéria, aconselho vocês a não se importarem com isso, se algo de bom ou ruim tiver que acontecer em alguma sexta-feira 13 é porque terá que acontecer, independente de ser data "especial". Não maltratem gatos pretos, eles não trazem azar, se sua vida é um lixo a culpa não dos gatos, se passar em baixo de escadas ou quebrar um espelho, você não terá azar, basta comprar um espelho novo.
Vou explicar sobre o
surgimento desse mito.
Apenas
mais um dia, normal, como um outro qualquer. No entanto, para os
supersticiosos, não é tão simples assim.
Segundo alguns pesquisadores, o mito da sexta-feira 13 teria sua origem em duas
lendas nórdicas (ou escandinavas).
A primeira parece explicar o estigma do número
13 e conta que houve um banquete em Valhalla, o palácio para onde iam os
guerreiros mortos em batalha, para o qual foram convidadas 12 divindades. Loki,
o deus do fogo, talvez o mais controverso do panteão nórdico, não foi convidado
e, enciumado, apareceu sem ser chamado e armou uma cilada para Baldur, o deus
do Sol ou da luz, o preferido de Odin, deus dos deuses. Desse relato, teria
surgido a ideia de que ter 13 pessoas à mesa para um jantar era desgraça na
certa.
Já a associação com a sexta-feira parece ter vindo da segunda lenda nórdica,
sobre Frigga ou Freya, a deusa escandinava da paixão e da fertilidade. Segundo
a lenda, quando as tribos nórdicas e germânicas foram obrigadas a se converter
ao cristianismo, as narrativas passaram a descrevê-la como uma bruxa, exilada
no alto de uma montanha. Dizia-se, então, que, para vingar-se, ela se reunia
todas as sextas-feiras com outras 11 bruxas e o demônio, num total de 13
entidades, para rogar pragas sobre os humanos. Isso era usado para incitar a
raiva e a animosidade das pessoas contra Frigga, embora nem sequer existissem
figuras malignas como o diabo nessas culturas.
Como a sexta-feira era um dia consagrado à deusa Frigga ou Freya (cujo nome deu
origem ao nome do dia da semana nas línguas anglo-saxônicas) e, portanto, ao
feminino, o advento do patriarcado judaico-cristão fez com que esse dia fosse o
escolhido para ser "amaldiçoado", bem como tudo o que dizia respeito
às mulheres, como a menstruação, as formas arredondadas, a magia, o humor cíclico,
o pensamento não-linear, etc.
Essas lendas, embora muito anteriores, parecem ter sido consolidadas ou
associadas ao relato bíblico da última ceia, em que havia 13 pessoas à mesa, às
vésperas da crucificação de Jesus, numa sexta-feira. O 13º convidado teria sido
o traidor causador da morte de Jesus, Judas Iscariotes, exatamente como Loki
foi o causador da morte do filho de Odin, por meio de uma cilada.
Lendas à parte, o fato é que, muitas pessoas, supersticiosas, evitam viajar em
sextas-feiras 13; a numeração dos camarotes de teatro omite, por vezes, o 13;
em alguns hotéis não há o quarto de número 13, que é substituído pelo 12A;
muitos prédios pulam do 12º para o 14º andar, temendo que o 13º traga azar; e
há pessoas que pensam que participar de um jantar com 13 pessoas traz má sorte,
porque uma delas morrerá no período de um ano. A sexta-feira 13 é, enfim,
considerada um dia de azar e muito cuidado quanto às atividades planejadas para
esse dia.
Essa interpretação, porém, é tão arbitrária quanto regionalizada, já que em
vários outros locais do planeta o número 13 parece ser estimado como símbolo de
boa sorte. O argumento dos otimistas se baseia no fato de que 13 é um número
afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo esse um símbolo de próspera sorte. Na Índia, o 13 é
um número religioso muito apreciado e os pagodes hindus apresentam normalmente
13 estátuas de Buda. Na China, é comum os dísticos místicos dos templos serem
encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o
número 13 como algo santo e adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas.
O que então faz a diferença? O que faz com que o número 13 e a sexta-feira
sejam positivos para alguns e negativos para outros, e ainda neutros para outros?
Mais uma vez é tudo uma
questão de sintonia. Somos o que pensamos, transformamo-nos naquilo em que
acreditamos, vivemos naquilo em que criamos para nós mesmos.
Cultivadas e difundidas há séculos, estas lendas vêm criando à sua volta todo
um complexo espiritual e energético, alimentado e suportado pelas próprias
mentes que creem em seus relatos ou que, mesmo não conhecendo esses relatos,
creem nessas superstições.
Pensamentos e sentimentos são energia. Tudo o que pensamos e sentimos gera
modificações vibratórias nas nossas energias, na nossa aura, no ambiente à
nossa volta. E o mesmo acontece quando expressamos, ainda que silenciosamente,
as nossas crenças, os nossos medos, as nossas superstições, opiniões, etc.
Crenças, símbolos, mitos e lendas cultivados por muito tempo e por muitas
gerações tendem a criar imensos campos vibratórios coletivos (também conhecidos
como egrégoras ou holopensenes), formados pelas emanações mentais e emocionais
de todas as criaturas que, de alguma forma, se afinizam com os seus objetivos,
princípios ou ideias. Como são muito grandes e também muito fortes, campos como
esses podem perdurar por séculos ou nunca se extinguir se sempre houver alguém
disposto a realimentá-los com suas crenças e ideias, modificando as energias ao
seu redor e entrando em sintonia com aquelas energias.
Esses campos imensos estão por aí, suspensos, pairando sobre nós. Imaginemos,
assim, o campo vibratório referente à desavisada sexta-feira 13. Quantas e
quantas criaturas o vêm realimentando? E há quanto tempo? Baseadas em quê?
Lendas antigas? Ou mitos criados por religiosos que nada mais queriam do que
afastar os povos de suas crenças originais por meio do medo para alcançar mais poder?
De que tamanho será que está esse campo hoje? E, a cada sexta-feira 13 que
aparece no calendário, ele se torna um pouco maior, e mais forte, alimentado
por supersticiosos que insistem em continuar repetindo mecanicamente manias dos
seus antepassados.
A sexta-feira e o 13, juntos ou separados, na verdade, nada podem. Eles mesmos
não têm poder algum. São inofensivos. O poder está em quem acredita que eles
têm poder. O poder, para o bem ou para o mal, está em quem acredita que eles
podem criar, gerar ou fazer o bem ou o mal. Assim, se alguém acreditar que a
sexta-feira 13 dá ou traz azar, irá se conectar ao respectivo campo vibratório
já existente, contaminando-se de toda a angústia, o medo e o terror armazenados
lá, atraindo para si algo da energia "ruim" que há ali, podendo,
assim, provocar algo de "ruim" em sua vida. Não é, portanto, a
sexta-feira 13 que traz azar, mas o supersticioso que vai buscá-lo toda
sexta-feira 13, com os seus pensamentos, o seu medo, a sua própria angústia e
falta de confiança.
O problema é que há tanta gente adepta dessa superstição, que, sempre que
aparece uma sexta-feira 13, o ambiente fica mais pesado, por causa das
emanações das pessoas que, "só por precaução", ficam ligadas,
alertas, procurando "sinais" de azar, tentando passar ilesas pelo dia
que supõem amaldiçoado. E aí, fica parecendo que a superstição tem algum
fundamento...